" Eu saúdo a vida, que é como semente germinada,
Com um braço que se elva no ar
e outro sepultado no chão.
A vida que é una, em sua forma externa e em sua seiva interior;
a vida que sempre aparece e desaparece.
Eu saúdo a vida que vem e a vida que passa.
Eu saúdo a vida que se revela e a que se oculta.
Eu saúdo a vida em suspenso, imóvel como uma montanha,
e a vida do enraivecido mar de fogo;
a vida, tão terna como o lótus e tão cruel como a centelha.
Eu saúdo a vida da mente, que tem um lado na sombra e outo lado na luz.
Eu saúdoa vida da casa e a vida de fora, no desconhecido;
a vida repleta de prazeres e a vida esmagada por pesares;
a vida eternamente patética, que agita o mundo para aquietá-lo;
a vida profunda e silenciosa que explode em fragorosas ondas."
Poema escrito por uma poetisa da Índia medieval.
Fragmento do livro: Meditações, Rabindranath Tagore, pag. 41.
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