"Amar é possuir.
Não mais que o gozo quero.
Não sei porque desejas tanto escravizar-me; escravizar-te.
Quanto menos me tens, mais me terás.
Gostoso é ser-me livre, alegre, escandaloso –
o peito aberto pra cantar meu canto;
os olhos claros pra ver todo encanto;
as mãos aladas, pássaros sem pouso.
Abre-me o corpo, vem dá-me o teu vale,
e a esconsa flor que ocultas hesitante,
pois o que falo o falo sem que fale em tom de amor.
Quero vaivem, espasmo -
um corpo a corpo num só corpo palpitante,
dois no galope até o sol de um só orgasmo."
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