Navegar, navegar



"Fiz de minha vida um navio
E de meus sonhos, profundo mar.
Lancei meu navio na água
E deixei o vento o levar
A brisa que sopra mansa
E por mais que ele balance
Seu controle há de voltar
Voltar para as mãos seguras
Que norteia meu navegar
A seguir o caminho às escuras
Sob a aureola do doce luar
E a luz que o iluminar
Com o brilho do amanhecer
Certamente vai me mostrar
As espumas do meu viver
Mas se um dia um recife aflorar
‘A frente desse navio
Não sei se vou suportar
Traçar mais esse desvio
Cansei-me de navegar
Cansei-me de tanto sofrer
Se for pra viver nessa mágoa
Prefiro, em vez de aportar.
Abrir com minhas mãos a água
Pra ver meu navio naufragar. "

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