Minhas meninas



Era uma manhã de sol e havia muitos frutos no chão jogados, caídos, esquecidos... Alguns já "sem vida", outros sendo devorados por insetos, formigas, besouros, o odor axalava pelo ar, ali no habitat delas.

A vida transformando em vida!

Escolhi do chão dois desses frutos já bem maduros, quase em decomposição.

Nos dias seguintes, o carinho de separar o fruto das sementes, deixar secar, deixar o Sol secar mais; aprender a quebrar a dormência da semente para assim gerar nova vida - dar mais uma chance; ela não pedia, mas eu sei que podia fazer e fiz!

O trabalho de raspá-las num lugar áspero era um mal tratamento necessário para que nascessem fortes; o chão fora também bem escolhido...

A sorte seria lançada!

Cada pote com terra pré escolhida, recebeu três sementes pra "vingar "pelo menos uma...

Foram catorze potes...

Hoje as meninas estão ali perto, já com seus brotos aflorados e respirando... São minhas parceiras e já são quinze!!!

Com o tom verde de suas folhas balançando ao vento, me agradecem pela chance dada. Não falo com elas, nem elas comigo, mas entendo o balançar de suas folhas!!

Vamos crescer mais um pouco juntos, para depois nos separarmos...

Assim é a vida!

Não nascemos juntos e não morreremos juntos - de ninguém!!!


{19/05/2010 - 17:12 hs}
{imagem: A Navegante}

Nenhum comentário:

Postar um comentário